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Ricardo Neto ,artigo ,por que a Igreja esvazia


A IGREJA ESVAZIA, NÃO É QUANDO FALTA PESSOAS, É QUANDO FALTA PALAVRA!

Alguns cultos tem perdido a centralidade da genuína celebração. Existem cultos para todos os gostos, todos os tipos. E acho até válido essa diversidade, desde de que Cristo seja suficiente. Que Ele seja a expressão máxima de cada reunião. De cada canção, de cada palavra. E que acima de tudo, todos vejam a Cristo. Só que infelizmente, esse cristocentrismo tem sido abandonado. Deixado de lado...encontrar flexibilidade, sensatez, e um bom discurso em “ alguns “ lugares, tá ficando difícil...são metodologias, liturgias cansadas e envelhecidas, que tornaram-se intocáveis com o passar do tempo. Não dar mais para alguns jovens transitar em alguns espaços eclesiais, pois o tal clero não consegue ter um dialogo com os nossos jovens. Ainda se utilizam de discursos baseados em suas experiências, que embora, foram profundas e de grande valia, já não alcança a realidade de muitos. E não alcança, não é pq não foram reais, pelo contrário, elas existiram, só não são essenciais à vida de muitos. Claro, serve como exemplo, de superação, de conquistas, e é óbvio que não estou anulando a experiência de alguém, mas é pq o povo quer palavra. Deseja Bíblia. Ensino, estudo, doutrina. Não podemos tocar o povo com as nossas experiências, apenas com o evangelho. Eu não posso fazer o povo encher os olhos com a minha história, mas com a de Jesus. É vergonhoso em pleno século 21 existir igrejas que vergonhosamente não honram a palavra. Enchem a programação do culto com tantas coisas, que esquecem que estas coisas não são essenciais à fé cristã...outros, querem manter o rebanho por meio de uma boa estrutura, de poltronas acolchoadas, ambientes climatizados. Isso é bom?...e como. Só não muda vidas. Alguns líderes, precisam fazer com que o rebanho vá ao culto, por causa de Jesus, não por causa do lugar, que é agradável, bacana...aliás, deve-se ter cuidado para que o evangelho anunciado nesses lugares, não seja agradável como é o lugar. A agradabilidade do lugar é de extrema importância. Mas precisamos entender,  que deve ser a palavra, a pessoa de Jesus, que deve mover o povo em direção ao culto, e não apenas a comodidade do bom lugar....se não, uma hora, o rebanho começa a se dispersar a procura de pasto, de comida. E infelizmente, alguns líderes precisam entender, que a ovelha não está a procura de um aprisco bonito e bem cercado. Mas de um aprisco com pasto, com comida. E o que manterá ela no aprisco não é a cerca, mas o bom pasto...Por isso, não adianta perseguir uma liderança bíblica...Pastores bíblicos, pregadores e cantores bíblicos...pois estes sabem, que avivamento é o efeito desta causa. Alguns  líderes falam de avivamento, mas não preparam o povo para ele. Não há avivamento sem palavra, sem ensino. Avivamento é um retorno as escrituras. É cômico ver gente que não ama a leitura, o devocional, falando de avivamento, esperando um avivamento. Avivamento não é colocar o povo para pular, gritar, fazer barulho. Não!...embora eu saiba que barulho não é avivamento. Também sei, que avivamento produz algum tipo de barulho!...mas um barulho não com o grito que eu dou, mas com a vida que eu vivo, e vivo-a, segundo Paulo, na Fé do Filho de Deus, que se entregou por nós...Avivamento é uma via de mão dupla. Ela se dá, quando eu levo essa palavra ao homem, e vejo esse homem vindo a essa palavra. Não é uma questão de ter apenas fogo na vida, mas de ter a palavra. Avivamento não é quando eu carrego a Bíblia nas mãos, mas quando eu possuo a palavra na vida. Uns carregam Bíblia, outros possuem a palavra!...por exemplo:


Os doutores da lei tinham o endereço aonde o menino iria nascer...”em Belém da Judéia “....mas não tinham a revelação. E porque não tiveram a revelação, não tiveram disposição de sair do lugar...presos a ideia de que o texto os levava em algum lugar, não chegaram em lugar nenhum.

  O evangelho, a palavra, o ensino, não é para melhorar a sua teologia, ou o seu argumento, mas a sua vida. Como diz Alan Brizotti, não adianta encher a cabeça e esvaziar a vida. Por isso, é preciso entender que há uma “cristologia” do diálogo, do discurso, da escrita. Mas há uma cristologia, que ela não deve ser discursada, mas vivida, manifestada e comunicada, não apenas por meio daquilo que eu digo, mas daquilo que eu vivo.

*Por fim, PREGAR CRISTO, significa pregar para EXPRESSAR e não para IMPRESSIONAR. Nosso exemplo é João Batista que apontou para Jesus, o cordeiro de Deus, e que se recusou a falar sobre si mesmo. Jesus é a palavra, João é apenas uma voz. E não é possível ver um voz!

Ricardo Neto